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Corpos Amputados e Protetizados: "Naturalizando"Novas Formas de Habitar o Corpo na Contemporaneidade

O homem contemporâneo recorre cada vez mais às tecnologias para reparar seu corpo "imperfeito" para torná-lo "perfeito".Porém, essa busca incessante e sem limite pela perfeição pode resultar em corpos sem história, pois ao modificar o corpo, o homem perde um pouco a sua identidade.
Os corpos sempre se modificam naturalmente ou artificialmente através da tecnologia.Contudo as intervenções tecnológicas para modificar o corpo podem ser independentes da nossa vontade, devido a um acidente (fatalidade) ou dependente do desejo de satisfazer a nossa vaidade, a qual é alimentada por uma sociedade consumista que desnuda o nosso corpo, determinando as nossas mudanças.
As próteses oferecidas pela tecnologia ao homem com algum membro amputado, reintegra o ser humano a sociedade, devolvendo-lhe sua capacidade física, proporcionando-lhe dignidade no mundo em que vive.

Os Percursos do Corpo na Cultura Contemporânea

As transformações do corpo no contexto do séc.XX, ou seja, o corpo velho ganhando roupagem nova através de: plásticas; cosméticos; alimentação; vitaminas; lipo e musculação. A busca infinita de adiar os traços da velhice, ou seja, é Narciso visto no espelho panorâmico à serviço do mundo capitalista,  interiorizando a idéia de que perfeição é patrocinar saúde e felicidade, uma corrida contínua contra o tempo cronológico da vida.

Uma Estética para Corpos Mutantes

 O ponto central é a remodelagem do corpo, o qual, no mundo contemporâneo,  se torna uma mercadoria dentro da visão capitalista de consumo.
As conquistas tecnocientíficas contribuíram para a saúde e, principalmente para a aparência e performance humana, deixando a sociedade cada vez mais desigual, pois são poucos que terão acesso as essas maravilhas.

Corpo, Fragmentos e Ligações: A Micro-história de Alguns Órgãos e de Certas Promessas

Segundo a autora, o mundo real e não real estão se misturando que para separar ou reconhecer cada fragmento é quase impossível.A ficção ultrapassa para o universo real, permitido que as fantasias se tornem reais no experimento científico que antes era futurista, agora é presente na vida real, as cenas vista no filme.
Toda evolução científica através da tecnologia está sendo uma grande esperança humana, mas difunde corpo micro para o macro; assim perdemos nossa identidade humana, que é a referência a que temos de diferente. Construindo uma produção em série de seres humanos transformados em máquinas? Ou humano ou máquina / humano. É dentro desse contexto que esse Ensaio nos desperta para a questão: "Até onde seremos GENTE?"